Wanderlino Arruda;
Ah! Que menino travesso...

AMELINA CHAVES

Wanderlino Arruda

Como é brincalhão esse menino, que tem o sobrenome de planta talvez (também) pelo nome ele marca presença tão forte, mesmo brincando, de forma diferente. Brinca com as palavras, com elas pinta e borda, pois elas dançam no seu pensamento. Em outros momentos, ele as joga no chão, como bolinhas de gude ns mãos de menino moleque.
Substantivos, adjetivos, pronomes, verbos e mais uma série de classe de palavras, que os entendidos de português tão bem conheçam. Quando fala, joga-as como bola no campo ensolarado de sua mente, e, como bom jogador, jamais perdeu uma jogada. Ainda bem que o, “ARRUDA” do seu nome o protege contra mau-olhado, quebranto e outras mandingas. Pois que dá inveja esse menino dá... e ele de tão simples que é, não percebe os olhos dos seus amigos fixos, absortos, ansiosos para entrarem no seu brinquedo de ciranda das palavras.
Na homenagem prestada a Mairy Figueiredo pela Academia montes-clarense de letras, coube ao menino Arruda a sua saudação, e mais do que nunca ele brincou com as palavras, quebrando a formalidade do momento, e de um modo especial ressaltou as aptidões da ilustre professora, que destaca nossa cidade lá no país distante.
Ah! Menino Andarilho, que corre o Brasil fazendo suas traquinices, com uma seriedade incrível no seu saber infinito. Saber, que não lhe dá o ar enfadonho de velhice, e que não lhe dá a prepotência de grande sábio. Dá sim, a consciência de que não precisa diminuir ninguém, para se sentir grande. Pois o saber é como estrelas no céu, jamais será somado.
Vamos, menino travesso... Continua correndo dentro do seu universo de palavras, joga-as na enxurrada como barquinhos de papel, ou solta-as como papagaios de papel coloridos, ou faça uma caipirinha, com várias línguas, mas, cuidado: não faça muito forte, para não nos embriagarmos. Melhor, faça como quiser, mas continua brincando...