CÂNDIDO
CANELA
Wanderlino
Arruda
Grande
poeta,
de
nome
nacional,
pois
vencedor
de
muitos
e
muitos
concursos
em
Minas
e
em
outros
estados,
mesmo
à
revelia,
sem
ser
candidato.
Era
homem
de
sensibilidade,
coração
à
flor
da
pele,
todo
o
tempo
voltado
às
atividades
intelectuais,
coisas
do
espírito.
Cândido,
mais
do
que
montes-clarense,
foi
um
sertanejo
autêntico,
amante
de
tudo
que
era
do
povo
simples
–
gente
da
cidade
e
da
roça
–
em
todos
os
momentos
verdadeiro.
Conheceu
as
minúcias
do
falar
e
do
viver
da
gente
norte-mineira,
vivendo
e
convivendo
com
sua
poesia,
suas
manias,
tudo!
Nada
havia
de
oculto
para
ele.
Era
um
desnudador
de
consciências,
fosse
através
da
observação
pessoal,
fosse
por
meio
do
diálogo
direto
e
franco,
ou
até
na
vida
profissional,
atrás
de
sua
mesa
no
Cartório
da
Rua
Camilo
Prates.
Sabia
sempre
aproveitar
cada
minuto
precioso
do
saber
e
sentir,
principalmente
quando
se
referia
à
natureza,
sua
maior
paixão.
Conheci
Cândido
Canela
desde
que
cheguei
para
viver
em
Montes
Claros
há
quase
seis
décadas.
Sempre
tive
dele
como
homem
público,
político,
poeta,
escritor,
leitor,
a
melhor
das
impressões.
Fui
e
sou
eterno
admirador
da
inteligência,
de
sua
capacidade
de
absorver
o
lado
interessante
de
tudo.
Lírico,
sagaz,
irônico,
irreverente,
é
às
vezes,
um
santo,
um
puro
de
coração,
era
um
casuístico
crítico
das
falsidades
humanas.
Uma
situação
nunca
foi
encontrada
em
Cândido
Canela:
a
neutralidade.
Ele
estava
sempre
contra
ou
a
favor
dos
acontecimentos,
das
pessoas
ou
das
coisas.
Parece
que
nunca
aprendeu
as
lições
do
silêncio,
em
tudo
tinha
de
emitir
sua
opinião.
Teve
e
soube
ter
sempre
o
seu
lado
da
verdade.
Cândido
grande
montes-clarense,
foi
membro
das
academias
Montesclarense
de
Letras
e
Municipalista
de
Letras
de
Minas
Gerais.
Foi
radialista,
cronista,
colaborador
constante
de
vários
jornais.
Mereceu
e
merece
o
bom
nome
que
teve
e
que
tem.
Um
verdadeiro
imortal!
Instituto
Histórico
e
Geográfico
de
Montes
Claros