Wanderlino
Arruda
O
homem
bom
tira
coisas
boas
do
tesouro
do
seu
coração.
O
homem
útil
é
feito
de
sonho
e
realidade,
com
palavras
sempre
traduzindo
o
que
imagina
e
o
que
pode
fazer.
Algo
muito
parecido
com
o
sábio
que
sonha
realizando
e
realiza
no
viver
todos
os
seus
sonhos.
Compreende
a
vida
olhando-se
para
trás,
mas
vê
esta
mesma
vida
vivida,
olhando-se
para
a
frente.
O
homem
bom
existe
e
sobre-existe
como
muito
bem
expressou
Thiago
de
Melo:
“Não
tenho
um
caminho
novo.
O
que
eu
tenho
de
novo
é
um
jeito
de
caminhar."
Vejo
com
bons
olhos
o
olhar
poético
do
companheiro
e
amigo,
professor
Gy
Reis
Gomes
Brito,
autor
de
PARADOXO,
Poemas
e
Contos,
de
feitura
gráfica
da
Editora
Unimontes,
de
apresentações
inteligentes
e
bonitas
dos
professores
Osmar
Oliva
e
Anelito
de
Oliveira.
PARADOXO
que
vem
como
leitura
fluente,
vívida
e
vivida,
um
amar
no
aprender
amando,
das
palavras
e
versos
de
Carlos
Drummond
de
Andrade,
esta
que
é
a
nossa
oportunidade
de
poetar,
poetando
na
poesia
do
amigo
Gy
Reis.
Bonita,
lúcida,
inteligente,
moderna,
atual,
esta
é
a
poesia
que
encanta
e
vai
encantar-nos
sempre
e
sempre.
PARADOXO
é,
no
dizer
do
próprio
poeta,
um
amor
como
um
rio
em
época
de
chuvas
e
um
tempo
em
temporada
de
tempestades,
versos
em
forma
de
gente,
penhor
de
luz,
passeio
largo
em
frente
de
um
boteco.
Ele
escolhe
a
poesia
como
redesenha
a
religião
que
liga
e
religa,
liga
e
desliga
para
o
bem
de
todos
os
mortais.
É
assim
no
antes
e
no
depois
do
grande
Tagore:
"A
noite
abre
as
flores
em
segredo,
e
deixa
que
o
dia
receba
os
agradecimentos."
É
assim
antes
e
depois
de
Goethe,
o
mais
lembrado
poeta
alemão:
"Quando
uma
criatura
humana
desperta
para
um
grande
sonho
e
sobre
ele
lança
toda
a
força
de
sua
alma...
Todo
o
universo
conspira
a
seu
favor!"
Valho-me
agora
das
palavras
do
autor
de
PARADOXO,
o
grande
Gy
Reis:
“Os
frutos
novos
me
velejam,
me
mordem
e
me
desejam,
pois
são
os
meus
reflexos,
e
isto
os
alimenta,
porque
agora,
sou
eu
em
cor
e
pele.
Agarro
a
vida
e
seus
objetivos
como
um
tamanduá-bandeira
agarra
a
presa.
O
homem
não
nasceu
para
si
mesmo,
nasceu
para
a
comunhão.
Se
não
fosse,
cada
um
seria
seu
próprio
rei.
Vivendo
a
vida,
construiremos
o
mundo.
Tudo
porque,
além
da
atmosfera
terrestre,
há
uma
escuridão
a
ser
desvendada.
Se
um
colibri
passa
por
aqui,
Lembro-me
de
você
beijando
o
néctar
de
uma
flor
nas
praças,
escolas
e
ruas
,
quando
tudo
está
colorido
e
é
Natal.
No
meio
do
caminho
há
uma
flor,
apalpando
o
novo,
requerendo
equilíbrios.
O
desconhecido
é
como
um
pássaro
voando
na
noite
e
garimpando
no
alto
Amazonas,
onde
serra
ficou
pelada,
onde
o
tempo
nos
incentiva,
mas
o
momento
nos
cobra
o
futuro.
Esta
minha
mulher
é
tudo
aquilo
que
sonhei.
Esta
minha
mulher
é
minha
noite,
é
o
meu
dia,
é
a
minha
dor
e
minha
alegria.
Não
quero
sair
do
meu
chão,
nem
sair
tão
doido
como
peão
que
cai
o
potro
alazão.
Estrela
da
manhã,
vem
me
fazer
criança,
vem
cantar
comigo,
vem
me
fazer
sorrir.
Amo-te,
pois
és
a
minha
pressão
arterial.
Nada
pode
ser
tão
doce
assim...
Termino
com
uma
confortante
prece
irlandesa,
que
o
Instituto
Histórico
e
Geográfico
de
Montes
Claros
dedica
ao
grande
Gy
Reis:
"Que
a
estrada
se
abra
à
sua
frente,
Que
o
vento
sopre
levemente
às
suas
costas
Que
o
sol
brilhe
morno
e
suave
em
sua
face,
Que
a
chuva
caia
de
mansinho
em
seus
campos...
E,
até
que
nos
encontremos
de
novo,
Que
Deus
lhe
guarde
na
palma
de
Suas
mãos."
Instituto
Histórico
e
Geográfico
de
Montes
Claros