Wanderlino
Arruda
Segundo
Aristóteles,
a
grandeza
não
consiste
em
receber
honras,
mas
em
merecê-las.
E
conforme
Edith
Wharton,
há
duas
maneiras
de
irradiar
a
luz:
ser
a
própria
fonte
de
brilho
ou
o
espelho
que
a
reflete.
Grandeza,
honra,
luz,
fonte,
espelho,
reflexo,
um
universo
de
palavras
indicativas
de
valor
e
mérito.
Em
todas
estas
idéias
e
seus
significados
posso
emoldurar
a
mulher
corajosa
e
cheia
de
ideais,
que
é
D.
Maria
Fernanda
Reis
de
Brito
Ramos
,
Cônsul
Honorária
de
Portugal
no
Norte
de
Minas,
minha
amiga
e
mestra
de
longo
tempo
em
vários
setores
da
vida.
A
mesma
D.
Fernanda
que
é
capaz
de
elogiar
sem
rodeios
ou
demonstrar
uma
inconformidade
sem
indecisões.
É
para
esta
mulher
guerreira,
que
fazemos
uma
festa
espiritual
em
comemoração
aos
seus
oitenta
anos,
mais
do
que
bem
vividos.
Multipliquemos
os
seus
janeiros
por
meses
e
dias
ou
por
horas
e
minutos,
e
podemos
estar
certos
de
que
qualquer
medida
de
sua
existência
vem
gravada
de
proveitoso
construir,
do
muito
amar,
de
um
esforço
incrível
para
melhorar
a
vida
e
o
viver.
Dela
mesma
e
de
muitos.
Dona
Fernanda
é
um
dínamo
sem
medida
de
voltagem,
uma
criatura
sem
limites
na
busca
da
perfeição,
exigência
própria,
exigência
com
quem
estiver
à
sua
frente
ou
seu
lado.
Sempre
chuva,
nunca
neblina,
nada
em
D.
Fernanda
é
calmaria,
nada.
Para
ela,
a
vida
é
busca
incessante
do
que
fazer,
do
como
agir,
do
assinalar
exemplos,
uma
corrida
olímpica
de
pistas
e
de
pódios.
É
vencer
ou
vencer!
A
Montes
Claros
já
chegou
D.
Fernanda,
jovem
esposa
de
Artur
Loureiro
Ramos,
para
ser
grandeza
do
comércio
e
da
indústria,
vivência
e
trabalho
na
Casa
Luso
Brasileira,
centro
e
coração
da
cidade.
Forte
acento
no
caprichado
falar
da
Universidade
de
Coimbra,
onde
a
Faculdade
de
Engenharia
lhe
permitiu
belíssima
formação
intelectual
e
liderança.
Aqui
o
seu
maior
contato
com
a
realidade
regional
e
brasileira,
a
sua
consolidação
no
trato
de
tudo
e
com
todos.
Atitudes
fortes,
cada
atuação
mais
do
que
definida:
a
família,
os
amigos,
as
companheiras
e
os
companheiros
de
intelectualidade,
o
trato
social
mais
do
que
valorizado.
Mínima
a
distância
entre
o
ser
e
o
atuar.
Até
no
dia-a-dia
foi
moça
de
sorte,
porque
a
Casa
Ramos
ficava
exatamente
na
única
esquina
das
duas
ruas
calçadas,
a
Rua
Quinze
e
a
Rua
Simeão
Ribeiro,
quando
toda
inteireza
urbana
era
vermelhidão
de
poeira.
Dona
Fernanda
esteve
sempre
de
bem
com
a
vida,
Algum
descanso
na
Fazenda
Vista
Alegre,
algum
tempo
em
reuniões
do
Clube
Montes
Claros,
do
Automóvel
Clube,
da
Associação
Comercial
e
Industrial.
Importante
na
fundação
do
Elos
de
Montes
Claros,
na
Sociedade
das
Amigas
da
Cultura,
na
Associação
de
Dirigentes
Cristãos
de
Empresas,
no
Instituto
Histórico
e
Geográfico.
Importantíssimas
as
atividades
de
D.
Fernanda
como
líder
elista:
conselheira,
diretora,
presidente
internacional.
Sempre
presente
em
encontros
regionais
e
inter-países,
principalmente
em
convenções.
Como
presidente
internacional
tomou
várias
iniciativas
de
elevada
repercussão,
valorizando
grandemente
o
Brasil
e
Portugal,
além
de
benefícios
aos
países
irmãos
de
fala
lusitana.
Um
valioso
exemplo
de
solidariedade
e
amor!
Três
fatos
marcam
definitivamente
o
seu
prestígio:
a
vinda
do
Cônsul
Sá
Coutinho
e
esposa
na
fundação
do
Elos
de
Montes
Claros,
a
homenagem
que
a
dra.
Manuela
Aguiar,
deputada
federal
em
Lisboa,
veio
trazer-lhe
pessoalmente
na
Sociedade
das
Amigas
da
Cultura
de
Minas
Gerais
e
a
sua
escolha
pelo
governo
português
para
o
cargo
de
Cônsul
Honorária
no
Norte
de
Minas.
Quantos
e
quantos
dirigentes
do
Elos
Internacional
vieram
a
Montes
Claros
a
seu
convite,
por
força
do
seu
valor!
Lembro-me
como
se
fosse
hoje
da
grande
festa
de
inauguração
do
Consulado,
na
sua
antiga
residência
da
Avenida
Cel.
Prates,
agora
Praça
Portugal.
Muito
difícil
repetir
o
sucesso
de
D.
Fernanda
Ramos
como
o
da
sua
presidência
na
ADCE,
dias
realmente
dourados
para
o
prestígio
da
instituição.
Com
que
entusiasmo
D.
Fernanda
planejou,
construiu
e
vem
mantendo
o
Hotel
Fazenda
Vista
Alegre,
local
aprazível
não
só
para
hospedagens,
como
também
para
realização
de
eventos.
Léon
Denis,
o
sábio
pensador
francês,
sempre
achou
que
não
basta
crer
e
saber.
É
sempre
necessário
viver
e
fazer
praticar
na
vida
princípios
superiores.
Nossa
existência
tem
que
ser
alegre,
harmoniosa,
plena
de
bênçãos
de
paz
e
de
amor,
sempre
e
sempre
despertando
esperanças.
Não
há
como
negar
ser
o
amor
a
realidade
mais
pujante,
porque
o
amar
é
o
grande
desafio.
O
amor
deve
ser
causa,
meio
e
fim.
É
por
isso
e
por
muito
mais
que
Maria
Fernanda
Reis
de
Brito
Ramos,
nossa
querida
Cônsul,
Companheira
e
Amiga,
vive
e
sobrevive
em
razão
dos
seus
muitos
sonhos.
Agora
nos
seus
bem
norteados
oitenta
anos
e
ainda
por
muito
tempo
mais.
Bem
haja!